A Flora

O clima desta região é mediterrânico e por conseguinte, a sua flora espontânea é rica e adaptada a um estio muito quente e seco. A azinheira (Quercus ilex), o sobreiro (Quercus suber), a esteva (Cistus ladanifer), o tomilho bela-luz (Thymus maschitina) e o cardo mariano (Silybum marianum) constituem apenas alguns exemplos das espécies que ocorrem neste concelho.

Plantas que a ADEFS identificou no território:

Esteva: Utilizada na perfumaria como fixador de perfumes. Tem como propriedades medicinais, ser um excelente tonificante, sedante e adstringente (seca e constringe a pele e as mucosas). Anti-hemorrágicas.

Funcho: Recomenda-se em caso de inflamações das vias respiratórias e transtornos gastrointestinais. Os frutos e o óleo de funcho têm efeitos antiespasmódicos e tranquilizantes. Além disso, destroem algumas bactérias e vírus. Pode utilizar-se o mel de funcho, o óleo essencial ou xarope. (Possível associação de própolis para spray oral).

Rosmaninho: Óleo essencial de rosmaninho com propriedades digestivas, estimulantes e antiespasmódicas, anti-reumáticas e anti-inflamatórias.

 

Silva: Utilização de amoras para produção de doces e licores para além das propriedades medicinais como adstringentes e hemostáticas (faz parar hemorragias), tonificantes, depurativas e diuréticas. A silva é também uma planta importante no nosso ecossistema, contribuindo como um excelente refugio a animais para se protegerem de predadores.

Cardo-mariano: Recomenda-se a utilização de frutos de cardo-mariano como terapia em caso de afeções hepáticas tóxicas e como tratamento em caso de doenças hepáticas inflamatórias crónicas e cirrose hepática. A similarina apresenta um efeito protetor contra uma série de agentes que lesam o fígado. Fortalece a membrana celular para que as toxinas não possam entrar tão facilmente no interior das células, além disso, estimula a capacidade de regeneração das células hepáticas.

Este levantamento, não sendo mais do que uma amostra primária, é todavia uma ferramenta importante na tomada de decisões sobre intervenções na área natural das encostas do rio Côa, nomeadamente na preservação destas plantas aromáticas endógenas que conferem características de especial qualidade ao Mel desta região, produto garantidamente alavanca da economia local.

Acresce:

  • O interesse da ADEFS pelo ecoturismo cujos praticantes são atraídos por áreas onde a natureza, conservada, lhes permite desfrutar das suas paisagens, da sua flora e da sua fauna;
  • A convicção da ADEFS que as plantas aromáticas e medicinais, sendo produtos inseridos numa agricultura de carácter sustentável, podem contribuir para a atração e fixação de jovens na nossa região.